ACESSAR, PARTICIPAR, ENVOLVER:
QUE GESTÃO DE CIDADE
QUEREMOS?

Dimensões de Análise

Entendemos que a literacia digital é condição para a vida na cidade conectada, onde um conjunto de habilidades e competências passa a ser requerido para o exercício da cidadania, tanto em termos de acesso quanto de participação. Por uma lado, essas habilidades impactam diretamente a eficiência da gestão desses espaços urbanos informacionais. Por outro, elas definem a própria experiência de vida na cidade, contribuindo para o grau de envolvimento e o senso de pertencimento percebidos por seus habitantes. Por isso abordamos a relação governança/cidadania a partir do binômio produção/consumo.

Literacia Digital: primeiro,
segundo e terceiro níveis

Mapear e entender a produção de usos e de sentidos a partir do consumo de tecnologias (ICTs) é fundamental para a mensuração da eficácia de políticas, produtos e serviços.

Enquanto o primeiro nível de literacia digital diz respeito a acesso e o segundo às habilidades digitais, o terceiro nível diz respeito aos resultados tangíveis do uso de tecnologia para o cotidiano, incluindo benefícios no âmbito off-line.

O LiteraCity entrega pesquisas e insights referentes aos três níveis de literacia digital considerando sua iniciativa (política, produto ou serviço) e sua população ou público-alvo. Isso é importante para o levantamento de barreiras e oportunidades, bem como para avaliação da efetividade de sua entrega.

Access

Nível 1
Conexão
Dispositivo

Skills

Nível 2
Habilidades
Digitais

Outcomes

Nível 3
Benefícios
Cidadania

Citizenship: cidadão,
quase-cidadãos,
não-cidadãos

O termo “digital divide” também evoluiu e passa a considerar não apenas as desigualdades em acesso à internet, mas também aspectos sociais, psicológicos e individuais determinantes para aquisição e desenvolvimento das habilidades (digital skills) que passam a ser fundamentais para a vida e a cidadania na cidade informacional e conectada.

A não-distribuição dessas habilidades entre a sociedade pode contribuir para exacerbar as desigualdades sociais. A educação é o mais consistente fator global determinante de uso das ICTs. Mas outros fatores podem impactar esse uso e sua distribuição na população, incluindo: gênero, idade, status socio-econômico, suporte social, tempo de uso de internet, entre outros.

O LiteraCity avalia a distribuição dessas habilidades na população ou público-alvo considerando duas metodologias. Uma se baseia em método de autoavaliação e outro em avaliação orientada para a solução de tarefas usando a internet nos níveis: operacional, formal, informacional, comunicacional, criativo e estratégico.

As habilidades digitais necessárias para o século XXI sistematizadas por Van Laars e colegas (2017) estão agrupadas em duas macro-categorias: “core skills” e “contextual skills”. A primeira agrupa habilidades técnicas, de gerenciamento informacional, de comunicação, de colaboração, de criatividade, de pensamento crítico e de resolução de problema. A segunda trata dessas habilidades em contexto considerando aspectos éticos, culturais, de flexibilidade, de autogerenciamento e de aprendizado contínuo.

Governance: produção/
consumo

Informação não é comunicação porque comunicação é produção de sentido. Isso implica reconhecer que as entregas do polo de produção (políticas públicas, produtos, serviços) são recebidas, consumidas, apropriadas e aplicadas de modo imprevisível no cotidiano.

Mapear e aprender com os sentidos e usos informais e ‘desautorizados’ é uma oportunidade para adequar e otimizar sua entrega. Isso sem falar nos “insights” coletados de baixo e em seu potencial para ideação, iteração e inovação. Conhecer as práticas cotidianas implicadas nos contextos sociais e culturais é um exercício de empatia e uma ferramenta poderosa para otimizar seus esforços.

O LiteraCity entrega pesquisas qualitativas e insights sobre a atribuição de sentido, usos e apropriações derivados do consumo de seus discursos, políticas, produtos e serviços. Fora dos laboratórios, essas análises se dão imbricadas no cotidiano, considerando o consumo in loco e as variáveis socio-culturais.

Pense por exemplo na adequação de uma diretriz global ou de um aplicativo internacionalizado. Ou, mesmo na direção inversa, trata-se da oportunidade de conhecer usos informais de tecnologia que podem ser apropriados institucionalmente com economia de tempo e dinheiro (o uso do WhatsApp para saúde ilustra esse caso). Além disso, pode ser que os dados fundamentais para o seu sucesso tenham um valor para você e outro para seu usuário e que essa diferença seja uma barreira para a adoção da sua política, produto ou serviço.

Vamos conversar?